20 de julho de 2011

Libertado homem que agrediu pai e filho por confundí-los com casal gay

Um homem de 42 anos e seu filho de 18 anos foram agredidos por sete homens; o pai teve parte da orelha decepada depois de levar uma mordida de um dos agressores

Eu tenho aqui no blog uma política  pessoal de nunca postar assunto novo, mas às vezes sou obrigado a postar alguma notícias quentes como essa.

Um dos homens suspeitos de espancar pai e filho em São João da Boa Vista (216 km de São Paulo) por achar que eles eram um casal gay foi preso na tarde desta terça-feira (19) e confessou ter participação do crime. Após ficar detido por algumas horas na delegacia, ele foi liberado já que a Justiça não aceitou o pedido de prisão temporária contra ele.
Na agressão, o pai, de 42 anos, teve parte da orelha decepada depois de levar uma mordida de um dos agressores. Ele e o filho, um estudante de 18 anos, estavam abraçados quando foram cercados por sete homens e espancados na madrugada de sexta-feira (15) na festa EAPIC (Exposição Agropecuária Industrial e Comercial), que acontece na cidade.
Outro suspeito foi identificado pela polícia, mas não havia sido localizado nesta terça-feira. Os dois não tiveram a identidade divulgada pela polícia e vão responder pelo crime de lesão corporal dolosa (quando há intenção de ferir outra pessoa). A pena prevista vai de dois a oito anos de prisão, caso sejam condenados.
O pai e o filho agredidos também pediram à polícia para não ter os nomes revelados.
A Justiça não aceitou o pedido de prisão temporária sob a alegação de que a Lei da Prisão Temporária, nº 7.960, de 21 de dezembro de 1989, não prevê este tipo de detenção para o crime de lesão corporal. Com isso, os suspeitos responderão ao crime em liberdade.
A identificação dos dois suspeitos ocorreu com a ajuda de câmeras do circuito interno de vídeo da exposição agropecuária, segundo a Polícia Civil.
O pai foi espancado e relatou à polícia que a agressão começou depois que o grupo passou diante dele e do filho e questionou se ambos eram gays por estarem abraçados. Eles responderam que eram pai e filho e o grupo passou então a persegui-los.
Os agressores retornaram alguns minutos depois e os agrediram com chutes e socos. O filho teve ferimentos leves e o pai precisou ser socorrido no hospital da cidade.
O pai foi ouvido nesta terça-feira pela Polícia Civil da cidade. Ele disse que não tinha como reconhecer os agressores porque desmaiou durante as agressões. Uma testemunha também confirmou a agressão em depoimento ao delegado Fernando Zucarelli Pinto.
O filho agredido mora em São Paulo, onde estuda. A namorada dele estava na festa, mas no momento das agressões havia ido ao banheiro e não presenciou o crime, segundo a polícia.
A organização da festa informou que vai colaborar com as investigações e que ao menos 150 homens faziam a segurança do recinto.
A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar o caso e deve ouvir mais testemunhas nesta quarta-feira (20).



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Há momentos que tudo o que podemos fazer é sentir vergonha do nosso país...

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